Algoritmos no controle de gastos públicos: eficiência ou risco?

Fernando Trabach Filho discute se o uso de algoritmos no controle de gastos públicos representa um avanço em eficiência ou uma ameaça à transparência.
Fernando Trabach Filho discute se o uso de algoritmos no controle de gastos públicos representa um avanço em eficiência ou uma ameaça à transparência.

Na avaliação do administrador de empresas Fernando Trabach Filho, a utilização de algoritmos no controle de gastos públicos representa uma das transformações mais relevantes na administração pública contemporânea. A incorporação de inteligência artificial e sistemas automatizados promete ampliar a capacidade do Estado de identificar desperdícios, cruzar informações em larga escala e tomar decisões com base em dados objetivos. No entanto, ao mesmo tempo em que melhora a eficiência, essa tecnologia também levanta preocupações quanto à transparência dos critérios, à possibilidade de vieses algorítmicos e à redução da participação humana em decisões sensíveis. A questão central é se o uso desses sistemas fortalece a governança pública ou se pode, em determinados contextos, comprometer direitos e a própria lógica democrática da gestão fiscal.

A automatização por algoritmos no setor público pode otimizar recursos, mas também levanta alertas — como mostra Fernando Trabach Filho.
A automatização por algoritmos no setor público pode otimizar recursos, mas também levanta alertas — como mostra Fernando Trabach Filho.

Avanços na eficiência do controle de gastos públicos

A aplicação de algoritmos no controle de gastos públicos tem gerado ganhos significativos de eficiência. Sistemas inteligentes são capazes de monitorar grandes volumes de dados em tempo real, identificar inconsistências em contratos, detectar sobrepreços, rastrear favorecimentos indevidos e cruzar informações entre diferentes órgãos e entes federativos. Segundo Fernando Trabach Filho, esse avanço tecnológico representa uma nova etapa na fiscalização das contas públicas, pois reduz a dependência de auditorias manuais, frequentemente limitadas por tempo, orçamento e capacidade técnica. A automação permite uma atuação mais preventiva e menos reativa, antecipando desvios e sugerindo correções antes que danos maiores ocorram. Com isso, a gestão pública torna-se mais ágil, precisa e orientada por evidências, favorecendo o uso racional dos recursos públicos e o combate à ineficiência estrutural.

Riscos e limitações dos algoritmos na gestão fiscal

Embora os benefícios da automação sejam evidentes, o uso de algoritmos no controle de gastos públicos não está isento de riscos. A principal preocupação diz respeito à falta de transparência nos critérios utilizados pelos sistemas, que muitas vezes operam como “caixas-pretas”, sem permitir auditoria externa ou explicações claras sobre suas decisões. De acordo com Fernando Trabach Filho, quando a lógica algorítmica substitui processos deliberativos ou ignora especificidades sociais e econômicas, há risco de decisões automatizadas injustas ou desproporcionais. Outro ponto de atenção é o viés nos dados utilizados para alimentar os sistemas, o que pode perpetuar desigualdades ou direcionar fiscalizações de maneira enviesada. Sem um marco regulatório robusto e mecanismos de supervisão humana, o uso de algoritmos pode, inadvertidamente, comprometer a equidade na alocação dos recursos e a legitimidade das ações governamentais.

@fernandotrabachfilho

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Caminhos para uma implementação ética e eficiente

Para que o uso de algoritmos no controle de gastos públicos se dê de forma ética e eficaz, é necessário estabelecer regras claras sobre sua aplicação, garantir a auditabilidade dos sistemas e promover a transparência dos critérios utilizados. A combinação entre automação e supervisão humana é essencial para manter o equilíbrio entre eficiência operacional e responsabilidade institucional. Fernando Trabach Filho defende que a capacitação de servidores, a atualização constante das bases de dados e o envolvimento da sociedade civil no monitoramento dessas tecnologias são medidas fundamentais para que o processo de digitalização fortaleça a democracia e não a substitua. Além disso, é importante que o desenho dos algoritmos leve em conta aspectos sociais e territoriais, evitando generalizações que desconsiderem a diversidade da realidade brasileira.

Considerações finais

O uso de algoritmos no controle de gastos públicos é uma ferramenta poderosa para transformar a gestão do Estado, mas sua adoção deve ser acompanhada de precauções institucionais e critérios técnicos bem definidos. Ao mesmo tempo em que melhora a fiscalização e reduz desperdícios, a tecnologia não pode operar de forma autônoma e sem supervisão. A transparência, a justiça nos critérios de avaliação e o envolvimento humano continuam sendo pilares indispensáveis para uma administração pública legítima. Com equilíbrio entre inovação e responsabilidade, é possível construir um modelo de governança que una eficiência fiscal com respeito aos princípios democráticos e aos direitos do cidadão.

Autor: Nathwil Ruth