A situação da saúde em Sinop, no estado de Mato Grosso, atingiu um patamar alarmante, com a paralisação dos trabalhadores do Hospital Santo Antônio (HSA), uma das principais instituições de saúde da cidade. Esse evento desencadeou uma série de cobranças e críticas ao governo estadual, especialmente por parte do deputado Valdir Barranco (PT), que, em um ato de cobrança, questionou a inércia do governo diante da grave crise. A paralisação dos profissionais de saúde, que reivindicam melhorias salariais e condições dignas de trabalho, expõe a fragilidade do sistema de saúde pública e coloca em evidência a negligência das autoridades locais.
O deputado Barranco tem se posicionado de forma firme, exigindo que o governo de Mato Grosso tome providências imediatas para resolver a situação. Em seus requerimentos, apresentados na Assembleia Legislativa, Barranco cobra explicações do Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Gomes de Figueiredo, e do Procurador-Geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior. Para Barranco, a falta de ação do governo estadual é inaceitável, considerando que a população de Sinop está sendo diretamente afetada pela falta de atendimento e pela precarização do serviço de saúde pública.
Um dos pontos críticos da greve é a falta de pagamento de direitos trabalhistas aos profissionais do HSA, como 42 meses de vale-refeição atrasados, o repasse do FGTS e os valores retroativos do piso salarial da enfermagem. Esses direitos não pagos representam não só um desrespeito aos trabalhadores, mas também um reflexo do abandono e da falta de investimentos em um setor essencial para a população. O deputado Barranco, em suas declarações, ressaltou que o governo estadual tem se mostrado omisso em relação a esses problemas, ignorando a necessidade de resolver a crise e garantindo os direitos dos trabalhadores.
Além dos problemas financeiros, a paralisação no Hospital Santo Antônio também expõe os desafios enfrentados pelos trabalhadores que estão lutando por suas reivindicações. Há denúncias de coação e ameaças contra os profissionais que buscam defender seus direitos, o que torna a situação ainda mais grave. O ambiente de tensão no hospital, alimentado pela falta de uma solução concreta por parte do governo, contribui para o desgaste emocional e psicológico dos profissionais, que já lidam com as dificuldades cotidianas do sistema de saúde pública.
A medida judicial que manteve a paralisação e determinou uma audiência de conciliação destaca a legitimidade do movimento grevista, mas também revela a omissão das autoridades estaduais em tratar a crise com a seriedade que ela exige. O deputado Barranco questiona o governo de Mato Grosso sobre as medidas concretas que estão sendo tomadas para resolver o impasse. Ele ressalta que, enquanto a crise do HSA continua sem solução, os serviços essenciais à população estão sendo interrompidos, afetando diretamente aqueles que dependem do atendimento médico de emergência.
Barranco também critica a falta de transparência por parte da Secretaria de Estado de Saúde em relação às ações que estão sendo tomadas para resolver a situação. Para ele, o governo precisa ser mais transparente com a população e os profissionais da saúde, apresentando um plano claro para garantir o atendimento adequado à população e assegurar os direitos dos trabalhadores. A demora em tomar providências efetivas apenas agrava a situação e contribui para a perda de confiança da população no sistema de saúde público do estado.
A crise no HSA é um reflexo de um problema maior na saúde pública de Mato Grosso. A negligência das autoridades estaduais, que por anos não conseguiram garantir a qualidade no atendimento à população e a dignidade dos trabalhadores, está agora resultando em um colapso no sistema de saúde em Sinop. Barranco enfatiza que a sociedade mato-grossense não pode mais aceitar esse tipo de tratamento e exige uma ação imediata do governo para que a situação não se agrave ainda mais.
Em suas declarações finais, o deputado Barranco reafirma a necessidade de respostas rápidas e ações concretas por parte do governo estadual. Para ele, a saúde pública não pode continuar sendo tratada com descaso, pois as vidas dos cidadãos de Sinop e de toda a região dependem de um atendimento adequado. A cobrança feita por Barranco é uma clara demonstração de que a crise na saúde de Sinop exige uma intervenção urgente das autoridades para que a situação não se torne irreversível.
Autor: Nathwil Ruth