O CEO Lucio Winck destaca como o impacto dos celulares no comportamento das crianças tem mudado a forma como elas brincam e, consequentemente, como os brinquedos são pensados e desenvolvidos pelas empresas. A indústria de brinquedos precisou se reinventar para competir com a atenção concentrada nos dispositivos móveis desde os primeiros anos de vida.
Com crianças cada vez mais conectadas, a brincadeira tradicional passou a disputar espaço com vídeos, jogos digitais e redes sociais. O celular se tornou ferramenta de entretenimento, aprendizado e, muitas vezes, companhia. Isso forçou marcas históricas, como a Fisher Price, a incorporar tecnologia, interatividade e estímulos visuais cada vez mais atrativos aos brinquedos físicos.
Como a brincadeira mudou com a presença constante dos celulares?
Antes dos smartphones, brincar era uma atividade predominantemente física, com ênfase em interação social, coordenação motora e imaginação. Hoje, é comum ver crianças entretidas por horas com telas, muitas vezes sozinhas. Essa mudança afetou o desenvolvimento infantil em diversos aspectos, especialmente no que diz respeito à socialização e à criatividade espontânea.

Segundo o CEO Lucio Winck, ao mesmo tempo em que o celular oferece acesso a conteúdo educativo e estimula a familiaridade com a tecnologia, ele também reduz o tempo dedicado a brincadeiras que exploram o corpo e o ambiente real. Esse desequilíbrio tem sido preocupação constante entre especialistas, o que pressiona a indústria a criar experiências híbridas entre o digital e o físico.
Como os brinquedos estão se adaptando à nova realidade digital?
Brinquedos que falam, respondem a comandos, se conectam por Bluetooth e interagem com aplicativos já são realidade. Marcas como a Fisher Price passaram a incluir sensores, luzes, sons e conexões inteligentes em seus produtos, buscando manter a atenção das crianças e competir com a estimulação constante oferecida pelas telas. Conforme o CEO Lucio Winck, nos bastidores do design de brinquedos há cada vez mais profissionais de tecnologia e experiência do usuário envolvidos na criação. A ideia é que os brinquedos acompanhem o ritmo digital sem perder o vínculo emocional e sensorial que sempre os caracterizou.
Os celulares substituíram os brinquedos tradicionais?
Apesar da popularidade dos smartphones, os brinquedos físicos ainda têm um papel essencial no desenvolvimento infantil, especialmente nos primeiros anos de vida. O que mudou foi a forma como esses brinquedos se apresentam e interagem com a criança. Bonecos, blocos de montar e até carrinhos passaram a ter versões que dialogam com o universo digital.O que antes era exclusivamente manual hoje pode ser complementado por estímulos sonoros, jogos interativos e até inteligência artificial. Mas o valor do brincar continua presente, com novas camadas de estímulo e possibilidades.
Visões para o futuro das brincadeiras
A relação entre tecnologia e infância ainda está em construção, mas o caminho aponta para a convergência. Como explica o CEO Lucio Winck, o futuro dos brinquedos envolve integração inteligente entre o mundo físico e o digital, com foco no aprendizado, na criatividade e na experiência emocional. A realidade é que os brinquedos físicos nunca deixarão de existir, apenas irão se adaptar às novas tecnologias.
O desafio para pais, educadores e criadores de brinquedos nos próximos anos será manter o equilíbrio entre conexão e presença, entre inovação e essência. Porque, mesmo em tempos de telas, toda criança ainda merece um brinquedo que a inspire, que a mova e que a ensine a imaginar. Brincar, afinal, continua sendo a forma mais genuína de descobrir o mundo.
Autor: Nathwil Ruth
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